quarta-feira, 19 de agosto de 2009

O pecado do meu irmão

Neste momento era ele que me importunava. Era ele que se sentia fraco. Era ele que esperava por ver nos meus olhos o seu peito feito. Mas eu não sabia como. Não tinha treino para isso. Meu irmão Guilherme tinha-se desfeito de amores por Vera, mulher casada e com descendência. Mulher bonita como a primavera em finais de Março. Tinha colocado a pele do meu irmão em perfeita irritação de amores. Estranhei não me ter acontecido o mesmo. Cada situação ocorrida ao meu irmão em dobro me acontecia a mim. Vera era bastante límpida, seja feita a devida vénia, e de uma esperteza atroz. Moisés, seu marido era nosso parceiro de trabalho.

Cheirava a cedo nesse dia, mas a vida dele tinha pressa em se realizar. Assim sem nada me dizer, Guilherme, dirigiu-se a casa dela. Sabendo que o caminho era livre, irrompeu casa a dentro. Declarou a sua irritação de pele. Ela atarefada na espera sentiu as pernas quebrar quando recebeu o beijo a muito esperado. Declararam-se marido e mulher naquele momento. E noutros momentos a seguir. Moisés, nem ousou sonhar que a sua mulher se encontrava nos aconchegos de outro homem. Era dono e senhor do seu castelo. E portanto de pouco serviria sonhar se tudo lhe pertencia. Vera era sua propriedade. Assim se pensa por estas paragens. Guilherme tinha o máximo dos cuidados. Todo ele era cuidado, na hora de entrar por aquela porta de perdição. As tardes eram assim passadas em deleite.

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