domingo, 1 de novembro de 2009

Quem Amamos?


Quem amamos? O que amamos? Porque precisamos de amar algo, alguma coisa ou alguém? Amamos pura e simplesmente! A comichão que se sente torna-se insuportável. É atroz pensar que nada nos faz sentir melhor. A sensação de formigueiro mantêm-se e nada sai de nós. Sentimos força e nada podemos fazer. O objecto de amor está longínquo. Inalcançável. Tornamo-nos prisioneiros desse sentir. As mãos tremem. Os poros do no corpo abrem-se. Torrentes de mar saem deles. Paralisia cerebral. A paixão invade-nos. Morremos em pequenos momentos. Apenas pensamos no objecto dessa paixão. Todas as energias vão nesse sentido. Todas as células do nosso corpo trabalham para esse fim. O direito de possuir torna-se realidade imaginada. Todo o deslocamento é apenas miragem. O pensamento voa para o mesmo mundo. Temos momentos de lucidez ocultados por loucura fugidia. É o reino da satisfação. Existe e é puramente estonteante. Cegos e longe do mundo hibernamos em nos próprios. Somos autómatos movidos pela saborosa loucura do prazer. Apenas interesse temos em nos satisfazer. Apenas as sensações comandam. A cegueira chega. Os nossos olhos apenas vêm aquilo que querem ver. Tornamo-nos fortes e invencíveis. O prazer aparece. A explosão acontece. Surpreendidos queremos mais. Repetem-se as mesmas sensações. A cegueira volta. O objecto de paixão sente-se usado. Muda a aparência. Volta a ser apenas objecto de desejo. Finda a loucura fugaz.

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